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O presidente norte-americano George W. Bush disse neste sábado, dia 5, que está certo de que os abusos em prisões iraquianas não vão acontecer novamente. Em seu discurso semanal no rádio, Bush sugeriu que o escândalo de abusos foi limitado àqueles diretamente envolvidos na prisão de Abu Ghraib. Ressaltou que as acusações foram feitas contra sete soldados e o primeiro julgamento deve começar na próxima semana.
– Todos os norte-americanos sabem que as ações de poucos não refletem o verdadeiro caráter das Forças Armadas dos Estados Unidos.
As técnicas de interrogação do exército dos EUA têm sido duramente criticadas após revelações de abuso em Abu Ghraib, que foi um centro de tortura durante o governo do presidente deposto Saddam Hussein. Prisioneiros eram mantidos nus, amontoados, obrigados a usar capuzes na cabeça, forçados a praticar atos sexuais, feridos por carcereiros norte-americanos, e fotografados em posições humilhantes.
Autoridades de defesa informaram nessa sexta, dia 14, que o exército dos EUA proibiu o uso de diversos métodos de interrogação no Iraque, incluindo a privação de sono e sentidos e "posições de estresse'' corporais. O escândalo de abusos, junto com outras más notícias do Iraque, tem contribuído para a queda da taxa de aprovação de Bush. Uma pesquisa do Centro de Pesquisa Pew, divulgada na quarta-feira, indica uma taxa de aprovação do presidente de 44%, com 48$ de desaprovação.
Bush disse que os EUA estão trabalhando com os líderes iraquianos para que um governo provisório no Iraque assuma o poder em 30 de junho. Tropas norte-americanas vão permanecer no Iraque após a transferência de soberania por segurança, segundo Bush.
– Os EUA vão manter seu compromisso com a independência e a dignidade nacionais do povo iraquiano – garantiu o presidente.
Bush também destacou a decapitação do civil norte-americano Nicholas Berg no Iraque.
– A execução cruel desse homem inocente nos lembra da natureza real de nosso inimigo terrorista, e dos riscos nessa luta – afirmou Bush. – Seu barbarismo não pode ser aplacado, e seu ódio não pode ser saciado. Só há uma forma de lidar com o terror. Devemos confrontar o inimigo e ficar na defensiva até que esses assassinos sejam derrotados.
As informações são da agência Reuters.
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