| 24/05/2004 16h17min
A Vale do Rio Doce fechou contratos de grande porte nesta segunda, dia 24, em Pequim, impulsionada pela visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país. A empresa de siderurgia assinou acordos com empresas chinesas de aproximadamente US$ 5 bilhões, que vão desde produção de carvão à construção de uma usina siderúrgica no Brasil.
O valor dos contratos foi divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio nesta manhã, em Pequim, durante cerimônia de instalação do Conselho Empresarial Brasil-China, que será presidido pelo presidente da Vale, Roger Agnelli.
Um dos acordos mais relevantes foi acertado entre a Vale e a Aluminium Corporation of China (Chalco), maior empresa chinesa na área de bauxita, alumina e alumínio, e prevê investimentos de cerca de US$ 1 bilhão em uma primeira fase para exploração de bauxita e alumina no Brasil. O investimento total, que inclui a construção de uma refinaria em Barcarena, no Pará, a ABC Refinery, pode chegar a US$ 3 bilhões.
A produção da refinaria de alumina na primeira fase será de 1,8 milhão de toneladas, sendo planejadas expansões graduais até atingir 7,2 milhões de toneladas anuais. A previsão é de início de produção em 2007.
Outro acordo prevê a cooperação estratégica com a Baosteel Group Corporation para a construção de um pólo siderúrgico em São Luis, no Maranhão, para a produção de 3,8 milhões de toneladas de placas de aço. A construção da usina de placas de aço deve custar de US$ 1,5 a 2 bilhões, e poderá ter a participação do grupo francês Arcelor, que ainda estuda o projeto.
A Vale e a Baosteel também devem atuar, na forma de joint-venture, em um projeto de produção de carvão para exportação para o Brasil. A idéia é que os navios que levam minério à China regressem com carvão chinês.
A empresa ainda assinou um acordo de cooperação estratégica com o Yuankuang Group Co., um dos maiores produtores chineses de carvão, para desenvolvimento de produção de carvão coque destinado ao mercado chinês, exportação para o Brasil e para terceiros mercados. Os contratos para exploração de carvão giram em torno de US$ 300 milhões.
O início da operação está previsto para 2006 e 25% da produção será remetida ao Brasil, segundo comunicado da Vale à Bovespa. Serão produzidos 2 milhões de toneladas de coque e 200 mil toneladas de metanol, um subproduto do carvão. Em adição a este acordo, a Vale estuda a possibilidade de desenvolver parceria com o Yankuang em novas minas de carvão para fabricação de coque em Zhaolou, na província de Shandong.
Com informações da agência Reuters.
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