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Além do escândalo envolvendo a tortura de prisioneiros, há um outro problema mais invasivo que os iraquianos dizem sofrer diariamente nas mãos dos soldados norte-americanos: o roubo de dinheiro e outros bens durante operações militares agressivas dos Estados Unidos.
Nos últimos 14 meses de ocupação, as forças norte-americanas realizaram milhares de operações de busca em casas de todo o país, freqüentemente apreendendo dinheiro, jóias e outros bens de iraquianos acusados de envolvimento em ''atividades anticoalizão.'' Um porta-voz dos militares norte-americanos reconheceu haver casos de roubo durante operações nas casas de iraquianos, mas afirmou que eles eram muito raros.
Os itens são geralmente confiscados sob a suspeita de que possam ser usados para financiar ataques contra as forças lideradas pelos EUA. Segundo as Forças Armadas norte-americanas, houve algum sucesso em limitar a ação dos insurgentes por meio dessa tática.
Mas, para os iraquianos, as operações atingem muitas vezes as pessoas erradas e são realizadas de uma forma agressiva e destrutiva. Os moradores do país árabe reclamam que jóias preciosas, economias de uma vida inteira e heranças de família são frequentemente roubadas. Adel Alami, advogado da Organização de Direitos Humanos do Iraque, diz que a maior parte dos casos tratados por seu grupo envolve iraquianos pedindo indenizações devido a dinheiro e bens perdidos durante as operações militares.
– Esse é um problema enorme. Quase todo mundo tem uma história para contar sobre o desaparecimento de ouro, dinheiro e outros bens, e ninguém acredita que os recuperará algum dia – disse o advogado à Reuters.
As informações são da agência Reuters.
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