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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, reconheceu no feriado nacional de segunda, dia 31, o "alto custo'' de sua guerra contra o terror. Quase mil soldados norte-americanos morreram no Iraque e no Afeganistão durante sua administração. No Cemitério Nacional de Arlington, perto de Washington, Bush depositou uma coroa de flores sobre o túmulo dos soldados desconhecidos mortos nas duas grandes guerras e na Coréia, e depois baixou a cabeça para um minuto de silêncio. A visita presidencial ao túmulo é uma tradição no Memorial Day, um feriado norte-americano para lembrar as vítimas das guerras que remonta à Guerra Civil.
Após a homenagem, ele fez um discurso para exaltar o ''espírito corajoso'' dos soldados norte-americanos que lutam no exterior, e descreveu o Iraque de Saddam Hussein como um regime de terror semelhante ao Afeganistão comandado pelo Talibã, que deu guarida a Osama bin Laden e aos militantes da Al-Qaeda.
– Aqueles que lutaram nessas batalhas e serviram a essa causa podem ficar orgulhosos do que conquistaram. E os veteranos de batalha vão carregar com eles, por todos os seus dias, a lembrança daqueles que não sobreviveram para ser chamados de veteranos – afirmou.
– Essa é a perda para nossa nação – disse o presidente.
Só em abril e maio mais de 200 soldados norte-americanos morreram no Iraque por causa do combate com xiitas e sunitas. Durante as operações de combate que culminaram com a queda de Saddam Hussein, no ano passado, 138 soldados haviam morrido.
Segundo as estatísticas oficiais do Pentágono, a operação Liberdade Iraquiana matou 802 soldados norte-americanos e feriu 4.682. Outros 122 morreram na operação Liberdade Duradoura, a maioria no Afeganistão. Os números oficiais não incluem os pelo menos cinco soldados mortos no Iraque e os quatro mortos no Afeganistão durante o fim de semana.
Bush, que não lutou no Vietnã, se autodenomina, em sua campanha pela reeleição, o presidente da guerra. Seu adversário, o democrata John Kerry, um veterano condecorado no Vietnã, fez sua homenagem num monumento para os combatentes do Vietnã.
Kerry colocou uma coroa de flores sobre o túmulo de um soldado que morreu em 1976, em consequência de ferimentos sofridos em 1968. O democrata pressionou para que o nome do soldado fosse incluído na lista de 58 mil mortos no Vietnã, gravados numa parede de granito preto.
A homenagem de segunda faz parte de uma série de eventos ligados à guerra a que Bush vem comparecendo.
As informações são da agência Reuters.
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