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Um grupo iraquiano que ameaça decapitar sete reféns estrangeiros deu um novo prazo de 48 horas para que a transportadora do Kuwait para a qual eles trabalham deixe o país. Os seqüestradores também exigiram que prisioneiros iraquianos sejam libertados de prisões kuwaitianas e norte-americanas, disse a TV Al Jazeera nesta sexta, dia 23.
– Eles deram mais 48 horas à companhia para cumprir as exigências e libertar os reféns. Eles disseram que a empresa tem de pagar uma compensação para as famílias dos mortos em Falluja e que prisioneiros detidos em prisões do Kuwait e dos Estados Unidos deveriam ser soltos – informou o canal de TV árabe, dizendo ter recebido um videotape do grupo.
O confronto entre tropas norte-americanas e rebeldes na cidade de Falluja matou 40 pessoas no mês passado.
Um homem mascarado apareceu no vídeo lendo um comunicado. À sua frente, sentados no chão, estavam sete homens – um egípcio, três quenianos e três indianos.
A Kuwait and Gulf Link Transport Company afirmou mais cedo que não atenderia à exigência inicial dos seqüestradores de encerrar suas operações no Iraque.
Os seqüestradores ameaçaram na quarta, dia 21, decapitar os motoristas até sábado, caso a transportadora se negasse a deixar o Iraque. Eles também pediram que Índia, Quênia e Egito retirem seus cidadãos do país.
Essas nações não fazem parte da coalizão liderada pelos EUA que invadiu o Iraque no ano passado. Mas muitos cidadãos desses países trabalham como motoristas e fornecedores.
Um porta-voz da Al Jazeera disse não saber se o prazo de 48 horas começava na sexta-feira ou só depois do vencimento do prazo original, no sábado. Ele disse ainda que o grupo, autointitulado Bandeiras Negras, não repetiu no vídeo a ameaça de matar os reféns.
Militantes têm seqüestrado estrangeiros desde abril para pressionar as tropas estrangeiras a deixar o Iraque, para impedir estrangeiros de colaborar com as forças dos EUA ou para conseguir resgates.
Muitos reféns foram libertados, incluindo um egípcio solto na segunda depois que a empresa saudita para a qual ele trabalhava fechou seus escritórios no Iraque.
Na terça, um motorista filipino foi libertado, um dia depois de o governo de Manila retirar seus soldados em resposta às exigências dos seqüestradores que ameaçavam decapitá-lo.
As informações são da agência Reuters.
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