Antes mesmo que os conflitos no Iraque sejam resolvidos, os Estados Unidos cogitam retirar os soldados do país. Na surpreendente declaração, o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, disse também que os EUA não vão esperar que o Iraque seja "pacífico e perfeito'' para começar a retirar suas tropas, "porque o país nunca foi pacífico e perfeito e provavelmente não será''.

Mas o secretário não deu prazos para a retirada, um assunto que o governo evita mencionar, ainda mais durante a campanha eleitoral para a Casa Branca.

Outra importante fonte de Defesa, que pediu anonimato, disse que o número de soldados norte-americanos no Iraque deve aumentar ligeiramente em dezembro e janeiro, período de substituição do contingente lá presente.

Na véspera, o presidente dos EUA, George W. Bush, declarou ter garantido que não abandonará o Iraque e pedido determinação na luta contra insurgentes e terroristas que estão atacando o governo interino e as forças americanas no país árabe.

Outra questão controversa é a abrangência das eleições no Iraque. O subsecretário de Estado Richard Armitage afirmou que as eleições marcadas para janeiro não serão perfeitas, mas devem englobar todo o Iraque.

Por sua vez, Donald Rumsfeld havia sugerido que as áreas mais violentas sejam excluídas da votação. Na sexta, ele recuou do seu impensado comentário de quinta, quando disse no Senado que apenas "três quartos ou quatro quintos'' do Iraque teriam eleições.

As informações são da agência Reuters.