Duas comissões da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul querem se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o governador do Estado, Germano Rigotto, para reforçar as reivindicações dos produtores gaúchos de arroz. Há oito dias os produtores do Estado protestam contra a importação do produto da Argentina e do Uruguai com bloqueio de estradas.

Segundo o presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Valter Pötter, os manifestantes querem a suspensão imediata da importação do arroz ou a taxação do produto importado em 50%. A entidade pede ainda o controle rigoroso nas balanças de pesagem e a realização de exames fitosanitários no arroz que entra pelas fronteiras do Rio Grande do Sul.

– Queremos também que a União garanta a comercialização da safra para regularizar o mercado, a revisão do preço mínimo do arroz, que está defasado em relação aos custos reais de produção, e a prorrogação dos compromissos financeiros bancários – afirmou Pötter.

O presidente do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), Pery Sperotto Coelho, disse que o governo federal precisa comprar emergencialmente o arroz gaúcho que está estocado. Na opinião do presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, o Mercosul precisa revisar os acordos comerciais firmados com a participação dos produtores rurais.

As informações são da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.