| 11/05/2005 22h05min
As Forças Armadas dos EUA repreenderam e multaram o coronel do Exército Thomas Pappas, uma das figuras centrais do escândalo de tortura de prisioneiros no Iraque, mas não vão iniciar. A decisão foi divulgada nesta quarta, dia 11.
Pappas, ex-chefe dos serviços de inteligência das Forças Armadas na prisão de Abu Ghraib, transformou-se no segundo oficial de alta patente a sofrer sanções devido à prática de tortura por soldados norte-americanos no país árabe.
Após uma audiência dirigida por uma comissão disciplinar de nível administrativo, ocorrida na Alemanha, na segunda-feira, Pappas recebeu uma carta de reprimenda assinada pelo major general Bennie Williams e recebeu uma multa de US$ 8 mil devido a suas ações em Abu Ghraib no final de 2003 e começo de 2004.
O Exército considerou que Pappas desviou-se de suas obrigações de duas formas. Primeiro, o coronel não conseguiu garantir que seus subordinados estivessem adequadamente informados, treinados e supervisionados ao usarem técnicas de interrogatório. Segundo, o militar, sem uma autorização expressa de seus superiores, autorizou que cães das Forças Armadas estivessem presentes nos locais de interrogatório, afirmou o oficial.
A notícia sobre a punição de Pappas surgiu seis dias depois de o Exército ter anunciado que a brigadeiro general da Reserva Janis Karpinski, o segundo oficial acusado devido ao caso de tortura em Abu Ghraib, havia sido rebaixada para a patente de coronel por ter faltado com suas obrigações. Karpinski também foi punida por não ter contado às Forças Armadas que já havia sido detida devido a um caso de furto em uma loja.
Pappas e Karpinski eram os dois oficiais a cargo de Abu Ghraib e, segundo investigadores das Forças Armadas, o fato de os dois não conseguirem se entender havia contribuído para o clima supostamente caótico que reinava na prisão.
As informações são da agência Reuters.
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