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 | 27/05/2005 12h58min

Número de lesões preocupa no Eletrosul Open

Uma média de 15 atendimentos está sendo realizada por dia

O alto número de lesões, bem acima da média, começa a preocupar os responsáveis pelo departamento médico do Instituto Tênis Eletrosul Open, em Florianópolis, e também em outros torneios do circuito.

Ao todo, seis tenistas se retiraram da competição por causa de lesões, e vários outros procuram atendimento diariamente para tratar problemas que estão trazendo de outras competições.

O número médio de atendimento em um torneio profissional é de 10 por dia. No Instituto Tênis Eletrosul Open subiu para 15. Entre as retiradas, apenas duas foram por razões acidentais, quando o tenista cai ou torce o pé durante a partida.

– Em geral ocorre uma ou duas retiradas por causa de lesão em cada torneio, aqui realmente o número está muito alto. E muitas lesões são antigas, não foram bem tratadas e estão ficando crônicas – explicou o fisioterapeuta da competição, Alejandro Resnicoff.

Responsável também pelo departamento médico do Instituto Tênis e da Federação Catarinense de Tênis, Resnicoff salienta a importância do trabalho preventivo.

– Estamos fazendo a prevenção de lesões e um trabalho de manutenção com os jogadores juvenis do Instituto Tênis e colocando isso à disposição de todos os atletas da FCT. Em geral, falta um trabalho preventivo e de reforço, que permita ao atleta agüentar longos períodos de competição. Eles têm déficit de flexibilidade, não tratam as lesões corretamente e chegam em um ponto que precisam parar totalmente para tratar – completou.

Depois de sete semanas consecutivas de torneio, alguns jogadores já estão com duas ou três lesões e só esperam voltar para casa para iniciar um tratamento.

Outros, como Pierre Duclos e Hélio Steiner, que viajam com o técnico Ricardo Pimentel, fazem a manutenção durante os torneios, freqüentando academias.

– O Pierre nunca está lesionado, porque a gente procura uma academia onde estiver, no Chile, na Colômbia, paga por dia, negocia, mas sempre fazemos um trabalho de manutenção ou força, dependendo do tenista, mas nunca deixo ninguém ficar parado – contou o técnico do canadense, Ricardo Pimentel.

– Depende muito de onde estamos. Às vezes não dá para fazer musculação, mas alongamento e aquecimento adequado à temperatura do local é obrigatório para evitar lesões. Aqui está frio e o aquecimento tem que ser maior – comentou Bruno Rosa.

Nanda Alves, que esteve recentemente disputando torneios nos Estados Unidos e o qualifying de Roland Garros, contou que, em Lafayette, a fisioterapeuta do torneio comentou com ela sobre o preocupante número de lesões nas competições ainda nesta época do ano, antes da metade da temporada.

– Ela creditou o fato ao grande número de torneios que os tenistas vêm jogando hoje em dia, sem tempo para preparação adequada ou tratamento das lesões que surgem no meio do caminho – falou Nanda.

Até as semifinais de hoje, foram 76 atendimentos prestados pelo fisioterapeuta Alejandro Resnicoff, 25 no qualifying e os demais na chave principal, em uma média de 15 por dia.

O Instituto Tênis Eletrosul Open termina neste sábado e a final está marcada para as 10h, na quadra central da Federação Catarinense de Tênis. Os finalistas inda não foram definidos, pois as partidas estão em andamento.

 
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