| 12/06/2005 18h50min
A Instrução Normativa 51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que estabelece novas regras para a produção de leite, entrará em vigor a partir de 1º de julho de 2005. Após esta data o pecuarista passa a ter uma série de obrigações que visam melhorar a qualidade do produto, dentre elas o encaminhamento de amostras pelo menos uma vez ao mês para um dos sete laboratórios credenciados pelo ministério no país.
As futuras mudanças implicam numa rápida entrega do produto na usina, transporte em caminhões térmicos e resfriamento do leite na propriedade. As regras, estabelecidas pelo conselho consultivo da Rede Brasileira de Laboratórios Centralizados de Qualidade do Leite (RBQL), tendem a padronizar os serviços das unidades laboratoriais que analisam a qualidade do produto e de seus derivados.
As análises serão feitas em pontos estrategicamente espalhados pelo território nacional. A produção leiteira de São Paulo e do sul de Minas Gerais será examinada pela Clínica do Leite, localizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ).
As demais unidades operacionais da RBQL estão sediadas nas universidades de Passo Fundo (UPF), na Federal de Goiás (UFG), na Federal do Paraná (UFPR), na Federal de Minas Gerais (UFMG) e na Federal Rural de Pernambuco (UFRPe), além da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora/MG.
Com a estrutura integrada, este programa será capaz de fornecer ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) informações técnicas e objetivas sobre a qualidade do leite de cada produtor. Caso seja constatado um alto nível de contaminação por bactérias, presença de antibiótico, pesticida e outras impurezas, o produto não poderá ser comercializado.
Segundo Paulo Machado, professor do departamento de Zootecnia da ESALQ e coordenador da Clínica do Leite, o laboratório possui todos os equipamentos necessários para realizar a Contagem Bacteriana Total (CBT), a Contagem de Células Somáticas (CCS) e análise dos componentes nutricionais do produto.
Deve se enquadrar nesta nova lei todo produtor que envia seu leite para empresas sob inspeção federal. Para o docente, com este programa, será possível saber quem, quanto e qual a qualidade do leite produzido.
– Estas informações serão fundamentais para se elaborar planos de melhoria para o setor e com isso oferecer um produto de melhor qualidade para a população brasileira, exportando o excedente. As alterações farão com que a atividade se profissionalize, beneficiando também o produtor.
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