| 27/07/2005 00h54min
A polícia britânica atendeu 250 alarmes falsos sobre possíveis terroristas suicidas desde os atentados do dia 7 de julho em Londres, confirmou nesta terça-feira o comissário-chefe da Scotland Yard, Ian Blair.
Os ataques foram realizados por quatro suicidas que detonaram bombas em três trens do metrô e um ônibus na capital britânica. Com as explosões, mais de 50 pessoas morreram e cerca de 700 ficaram feridas.
O chefe de polícia disse também que os agentes estiveram muito próximos de agir contra pessoas que aparentavam ser suicidas em sete ocasiões. Blair voltou a lamentar a morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, de 27 anos, que foi assassinado a tiros na última sexta-feira por agentes especiais ao ser confundido com um suposto terrorista suicida.
A morte de Menezes, na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres, foi um "terrível erro", segundo o chefe de polícia. O brasileiro recebeu oito tiros – sete na cabeça e um no ombro – em função da política de "atirar em supostos terroristas que representem perigo", que passou a vigorar no Reino Unido seis meses depois dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Blair também disse que, até o momento, não existe nenhum vínculo direto entre os ataques de 7 de julho e os do dia 21. Na segunda onda de atentados, só explodiram os detonadores e não as bombas – por isso não houve vítimas.
O chefe da Scotland Yard ressaltou que a polícia prenderá os autores dos atentados da semana passada. Os investigadores estão buscando quatro suspeitos. Cinco pessoas detidas em relação a esses ataques estão sendo interrogadas por agentes antiterroristas, mas entre eles não estão os quatros supostos terroristas. Dois dos quatro suspeitos são da Somália e da Eritréia, segundo confirmou o governo britânico.
Yassin Hassan Omar, de 24 anos, é somali e foi identificado pela polícia como o suposto terrorista que tentou detonar uma bomba em um trem do metrô entre as estações de Warren Street e Oxford Street, no centro de Londres. Omar chegou ao Reino Unido em 1992, como membro de uma família que solicitou asilo no país, e recebeu permissão de residência permanente em maio de 2000, informou uma porta-voz do ministério de Interior.
O outro suspeito é Muktar Said Ibrahim, de 27 anos, que possui nacionalidade eritréia e é considerado pelas forças de segurança como suposto autor do atentado do passado dia 21 contra um ônibus urbano em Hackney, no leste da capital. Ibrahim, conhecido também como Muktar Mohammed Said, chegou ao Reino Unido em 1999, também com familiares que pediram asilo no país, e em novembro de 2003 solicitou passaporte britânico, que foi concedido em setembro do ano passado.
Os outros dois supostos terroristas, que ainda não foram encontrados, mas cujas fotos já foram divulgadas, tentaram detonar outros artefatos nas estações de metrô de Oval e Shepherd's Bush, nas regiões sul e oeste da capital britânica.
As informações são da agência EFE.
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