| 18/08/2005 08h04min
As advogadas da família de Jean Charles de Menezes, o brasileiro morto por engano pela polícia britânica, pediram hoje que a investigação sobre o caso seja "rápida e rigorosa". Gareth Pierce e Harriet Wistrich reuniram-se com a Comissão Independente de Investigação de Queixas contra a Polícia, que investiga as circunstâncias da morte do jovem em 22 de julho e criticaram a falta de transparência das autoridades.
Elas se perguntam "quem mentiu e por que", depois que nesta semana a imprensa revelou detalhes da investigação. A rede de televisão ITV divulgou uma série de documentos internos da comissão investigadora, que confirmam que o eletricista brasileiro entrou no metrô com passagem, se sentou tranqüilamente em um vagão e não usava um casaco suspeito.
Em suas primeiras declarações após o incidente, o comissário da Polícia Metropolitana de Londres, Ian Blair, disse que o jovem, que saiu de um bloco de apartamentos vigiado, foi abatido porque sua atitude era suspeita e ignorou as ordens da polícia. Os documentos que vazaram para a imprensa indicam que os agentes implicados na operação confundiram o brasileiro com um dos supostos autores dos atentados fracassados do dia 21 de julho.
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