| 24/02/2006 13h02min
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, considera que a oferta negociadora européia na rodada de Doha é "melhorável". Em entrevista com ao jornal Le Monde Lamy aponta que a oferta européia é, por enquanto, um marco "dentro do qual é possível encontrar flexibilidade".
Sobre as possibilidades de acordo das negociações antes do fim do ciclo de Doha, em abril, garante que os contatos "recuperaram dinâmica. A conferência de Hong-Kong em dezembro passado teve um sucesso modesto, mas permitiu desmatar os temas".
A evolução deveria agora consistir em que "a Europa avance sobre as tarifas agrícolas, os EUA na redução de suas subvenções internas aos agricultores e o G20 nos direitos alfandegários para os produtos industriais e os serviços".
Um fracasso das negociações poderia afetar o modelo multilateral, na opinião do responsável da OMC, para quem "se trataria de um problema de credibilidade política, sobretudo se se deseja equilibrar os intercâmbios em favor dos países em desenvolvimento".
Com relação aos comentários sobre uma possível onda de protecionismo, Lamy aponta que "não convém exagerar. Sempre houve e agora há menos, mas é visível com mais clareza".
Frente a essa tendência, a globalização "vai muito depressa, mais que nossa mentalidade", como demonstram que empresas de países emergentes se dediquem agora a comprar as de Estados desenvolvidos.
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