| 12/05/2006 10h55min
A construção de um gasoduto que atravesse a América do Sul, saindo da Venezuela e chegando à Argentina, não é viável sem a participação da Petrobras, afirmou hoje o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.
– Se a Petrobras não participar do Gasoduto do Sul, não haverá Gasoduto do Sul, muito simples. Daí vai ter que dar uma volta tão grande que vai virar o gasoduto do Oeste – disse o ministro em entrevista à imprensa durante a 4ª Cúpula de Chefes de Estado e Governos da América Latina, Caribe e União Européia.
A Bolívia afirmou que não vai participar do Gasoduto do Sul se a Petrobras for sócia do empreendimento:
– Para que o gasoduto funcione é preciso que seja executado por empresas estatais. Há um grave problema com a Petrobras, porque 60% das suas ações estão nas mãos de transnacionais. Vamos investir enormes somas de dinheiro para beneficiar as transnacionais sócias da Petrobras? – indagou o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Andres Soliz Rada, criticando a presença da Petrobras no projeto.
O projeto do gasoduto bilionário foi apresentado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que nesta sexta fez o convite à presidente do Chile, Michelle Bachelet, para que o seu país também participe do empreendimento, que promoveria a integração energética da região.
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