| 26/06/2002 14h46min
O governo federal divulgou nesta quarta-feira, dia 26, as 10 medidas que serão adotadas para enfrentar o problema da violência no Rio de Janeiro. O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que as propostas já foram aprovadas pela governadora Benedita da Silva (PT).
Entre as medidas está a que delega, a partir de agora, ao Ministério da Justiça a coordenação da força-tarefa que reúne os governos federal e estadual, para realizar o policiamento no Estado e combater o crime organizado. Os órgãos federais terão que atender em caráter de "absoluta prioridade" as requisições da força-tarefa, o que será regulamentado em decreto presidencial. Em relação aos recursos financeiros e humanos para garantir a segurança pública, o governo federal se comprometeu em colocá-los à disposição da força-tarefa, sem limite estabelecido.
De acordo com as propostas, haverá intensificação do patrulhamento naval na baía de Guanabara e na costa do Estado com a participação conjunta da Marinha e da Polícia Federal. Nas estradas da acesso ao Estado, as polícias Federal, Rodoviária Federal e Estadual também vão aumentar a fiscalização. Além disso, o governo propôs a criação de 6 mil cargos de guarda da PF, para exercer o policiamento marítimo, aeroportuário e de fronteiras, e o policiamento ostensivo realizado em virtude da competência da Polícia Federal.
Ao aceitar a proposta de FH, Benedita recuou em relação à postura adotada até então. No mês passado, dois dias após o atentado à Secretaria de Direitos Humanos do Rio, ela havia negado a oferta de Reale para a criação de uma força-tarefa federal, com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita e as Forças Armadas. A governadora queria que um integrante de seu governo coordenasse a operação, o que não foi aceito.
A discussão sobre a segurança no Rio ocorre após o atentado contra o prédio da prefeitura da cidade, na última segunda-feira, que foi atingido por mais de cem tiros de fuzil. Na terça-feira, o ministro da Justiça, Miguel Reale Junior, descartou a possibilidade de decretação de estado de defesa no Rio para combater o narcotáfico. Ele e FH estiveram reunidos na tarde desta terça com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Alberto Cardoso, e da Casa Civil, Pedro Parente, elaborando as medidas.
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