Sobrou vontade, mas faltou qualidade. Errando muitos passes, o Grêmio foi derrotado por 2 a 1 pelo Figueirense na noite desta quarta, no Estádio Olímpico. O resultado não tira o time de Mano Menezes da quarta colocação, com 55 pontos, mas o título do Campeonato Brasileiro fica cada vez mais distante.

Foi a segunda derrota do Grêmio dentro do Olímpico no Brasileirão. A única até a noite desta quarta havia sido no distante 7 de maio, contra o Vasco. O time volta a jogar dentro de casa no domingo, contra o Inter. O que dá a Mano Menezes apenas três dias para corrigir os problemas do time antes do Gre-Nal. E não são poucos.

O Grêmio esteve irreconhecível no começo do jogo. Distraído, errava passes fáceis. O meio-campo parecia não se entender. Lucas, por exemplo, trombou duas vezes com seus companheiros de time. Pereira, que substituiu Evaldo na zaga, jamais passou segurança. Escalona só conseguiu conter o ataque do Figueirense com faltas. Recebeu o primeiro cartão amarelo aos 16 minutos.

Melhor em campo, o Figueirense abriu o placar aos 20 minutos de jogo, aproveitando uma bobeira da defesa gremista. Patrício e Galatto não se entenderam na linha de fundo, Carlos Alberto roubou a bola dos dois e cruzou para o meio da área, onde Soares só escorou para as redes. Doze minutos depois, Schwenck invadiu a área e foi derrubado por Galatto. Cícero converteu o pênalti e fez 2 a 0.

O segundo gol dos catarinenses teve o efeito de um tapa no rosto dos jogadores do Grêmio. Só depois dele o time acordou. No lance seguinte, Tcheco invadiu a área e foi derrubado pelo zagueiro Tiago Prado, ex-Grêmio. O próprio Tcheco cobrou a penalidade e recolocou o tricolor no jogo, aos 34 minutos. O empate poderia ter saído ainda no primeiro tempo, não fosse o goleiro Andrey, outro ex-gremista. Ele fez, pelo menos, quatro grandes defesas.

O Grêmio voltou para a segunda etapa sem alterações. A postura também continuou a mesma: muita pressão e muitos erros. Logo aos 15 minutos, Escalona fez falta, levou o segundo amarelo e foi expulso. O auxiliar Sidnei Lobo, que substituiu o suspenso Mano Menezes na casamata, teve destino idêntico minutos depois. Reclamou da arbitragem e recebeu cartão vermelho.

Atrás no placar, Mano Menezes não teve outra alternativa senão mandar atacantes a campo. Sem Herrera, também suspenso, o jeito foi recorrer a Aloísio e Pedro Júnior. Ambos se esforçaram, como todo o time, mas a noite não era mesmo tricolor. O Figueirense ainda teve chances de ampliar no contra-ataque, mas o placar permaneceu o mesmo da primeira etapa.

MÁRCIO LUIZ
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