O gabinete de Yasser Arafat renunciou nesta quarta-feira, dia 11, no que parece ser uma tentativa de evitar uma moção de censura parlamentar que traria problemas para o líder palestino. 

– O presidente Arafat aceitou a renúncia, então não há necessidade de submeter o gabinete a uma votação – afirmou o secretário geral da Presidência palestina, Tayeb Adbel Rahim, em um encontro do Legislativo palestino. – Nos próximos 14 dias, o presidente Arafat nomeará um novo gabinete.

Os parlamentares previam uma batalha difícil para a aprovação do gabinete no Conselho Legislativo Palestino, no qual Arafat tem sido criticado por não fazer o suficiente para renovar seu governo em face da pressão interna e externa por reformas. A votação havia sido adiada na terça-feira quando parlamentares consideravam se deviam aprovar todo o gabinete ou apenas os novos ministros apontados por Arafat em junho.

Antes da renúncia dos ministros, Arafat havia emitido um decreto convocando eleições presidenciais e legislativas em 20 de janeiro, uma ação que transformou sua administração um governo de transição que, segundo autoridades, tornaria discutível qualquer moção de censura. As informações são da agência Reuters.