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O governo argentino disse nesta segunda-feira, 23 de setembro, que ainda não decidiu se cumprirá com os prazos das dívidas com organismos internacionais que vencem em outubro e novembro, mas confirmou que pagará os vencimentos de setembro com recursos próprios. Segundo um porta-voz do Ministério da Economia, que o montante do pagamento ainda está sendo calculado pelo Palácio da Fazenda.
O chefe de Gabinete de Ministros, Alfredo Atanasof, afirmou que há negociações para chegar a acordos antes dos vencimentos mais pesados previstos para outubro e novembro. Questionado sobre se, diante da falta de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), as reservas internacionais do Banco Central argentino seriam utilizadas para completar os pagamentos, Atanasof disse que não há nenhuma decisão.
Entre outubro e novembro vencem dívidas de cerca de US$ 1,6 bilhão com o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Se o governo não pagar essas dívidas, ampliará aos organismos a moratória em que caiu com os credores privados em janeiro e que gerou à Argentina a perda total de crédito nos mercados voluntários de capitais.
O presidente Eduardo Duhalde negocia desde fevereiro um acordo de assistência financeira com o FMI para postergar todos os vencimentos com esse fundo e outros entes de crédito internacional até dezembro de 2003.
Um acordo para adiar os pagamentos até dezembro de 2003 permitiria ao próximo presidente argentino, que deve assumir em 25 de maio de 2003, ter mais tempo para negociar um pacto de longo prazo com o FMI. Washington exige que os candidatos a presidente, em sua maioria com discursos contra o FMI, dêem um sinal claro de que no caso de chegar ao poder irão manter os acordos fechados com Duhalde. O presidente argentino descartou, no sábado, que o país consiga fechar esse acordo até dezembro, quando serão realizadas as eleições primárias que definirão os candidatos de cada partido para as eleições presidenciais.
As reservas internacionais do Banco Central argentino somam atualmente cerca de US$ 9,4 bilhões, muito próximo do limite mínimo de US$ 9 bilhões que o próprio FMI sugeriu como sustentável ao ministro da Economia, Roberto Lavagna.
As informações são da Agência Reuters.
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