Sem conseguir instalar a CPI do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) até o final desta semana, quando se encerra o ano legislativo na Assembléia, os defensores da investigações da fraude na autarquia já planejam iniciar informalmente os trabalhos em janeiro, durante o recesso.

Entenda a fraude no Detran

A maior barreira para o início oficial das investigações neste ano está nas fileiras peemedebistas. O líder da bancada, Edson Brum, tem afirmado que o partido indicará seus nomes para compor a CPI apenas na sexta-feira, data de encerramento do prazo regimental, manobra para impedir a sindicância, embora ele negue. Porém, a bancada já alinhavou seus representantes: Alexandre Postal e Gilberto Capoani.

Um peemedebista está entre os investigados pela Polícia Federal (PF) na Operação Rodin. Os federais apuram um suposto esquema que teria desviado R$ 44 milhões do Detran. O PP, que tem três indicados a ocupar cargos no governo estadual na mira da PF, também só vai apresentar seus nomes na sexta. O líder da bancada, Marco Peixoto, disse que o tema ainda não foi discutido.

O líder da bancada do PDT, Adroaldo Loureiro, afirma que o partido gostaria que as investigações fossem iniciadas assim que possível. No entanto, os nomes dos pedetistas indicados pela sigla para a comissão (Gerson Burmann e Paulo Azeredo) ainda não chegaram no Departamento de Comissões Parlamentares da AL. Até o final desta tarde, apenas as indicações do PT (Fabiano Pereira, autor da proposta, e Stela Farias) e do DEM (Marquinho Lang e Paulo Borges) estavam protocoladas.