| 18/02/2008 14h41min
Depois de a França anunciar que reconhecerá a independência do Kosovo, Alemanha, Reino Unido e Itália também admitiram que considerarão a antiga província sérvia como um novo país ainda esta semana. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, em Bruxelas (Bélgica), pelos ministros de Exteriores dos maiores países da União Européia (UE).
O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, disse em entrevista coletiva que outras 13 nações da UE tomarão "muito rapidamente" uma decisão semelhante. Os ministros desses países fizeram seus respectivos anúncios em entrevistas coletivas, poucos minutos depois que o Conselho de Ministros de Exteriores da UE definiu uma declaração comum sobre a proclamação da independência do Kosovo. Agora, cada Estado-membro decidirá se reconhece ou não a nova nação.
A Espanha já anunciou que não reconhecerá a independência do Kosovo, como afirmou o ministro de Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos. O ministro de Exteriores francês,
Bernard Kouchner, disse que o
presidente da República, Nicolas Sarkozy, enviará esta noite uma carta às autoridades kosovares, informando sobre a decisão de Paris de reconhecer o autoproclamado país.
O Reino Unido utilizará o mesmo mecanismo e enviará uma mensagem esta noite ou amanhã, informou o ministro de Exteriores britânico, David Miliband. Steinmeier disse que a Alemanha tomará a decisão oficialmente na quarta-feira, durante uma reunião de seu governo em Berlim. O ministro de Exteriores italiano, Massimo D'Alema, disse que seu Executivo apresentará a decisão ao parlamento na quarta-feira, para reconhecer o Kosovo como "um país independente sob supervisão internacional".
Em seu comparecimento, Kouchner — assim como Steinmeier — mostrou sua confiança em que, "durante os próximos dias", a "maioria" dos países da UE reconhecerão também o Kosovo. Nesse sentido, o ministro de Exteriores belga, Karel de Gucht, anunciou que seu país reconhecerá também o Kosovo por meio de um real decreto que poderia
ser aprovado amanhã.
Kouchner disse acreditar que a independência kosovar colocará fim a "um longo período de crise e tensão" nos Bálcãs, e insistiu em que não deve ser visto como "uma derrota da Sérvia". Além disso, ressaltou que — como os países-membros da UE indicaram nas conclusões que aprovaram hoje — o caso do Kosovo é único e não representa um precedente para outras regiões.
Kosovo declarou oficialmente no domingo, em Pristina, a independência unilateral do território
Foto:
efe
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