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Sharon e Qurie deverão reativar negociações do plano de paz

Israel rejeitou trégua parcial oferecida por facções palestinas

O ministro de gabinete palestino e negociador Saeb Erekat afirmou que o diretor do gabinete de Sharon e o principal assessor de Qurie se reunirão neste domingo, dia 7, para preparar um encontro. A medida é vista como essencial para reativar as negociações do plano de paz apoiado pelos Estados Unidos, conhecido como "mapa de caminhos''. A autoridade israelense insistiu, entretanto, que a incerteza sobre a trégua dos grupos palestinos, que estão reunidos no Cairo, coloca o encontro em dúvida.

Sharon prometeu debater o mapa de caminhos com Qurie. O plano prevê uma série de medidas recíprocas para acabar com a violência e estabelecer um Estado palestino até 2005. Israel rejeita a exigência palestina de parar a construção de uma barreira na Cisjordânia vista pelo mundo como roubo de terras, mas que Israel afirma ser necessária para evitar a entrada de homens-bomba em suas cidades. Sharon ainda exige que Qurie reprima os militantes para acabar com a violência contra Israel.

Qurie foi ao Cairo para tentar fechar um acordo de trégua, mas as negociações fracassaram quando grupos muçulmanos apresentaram uma proposta de trégua que omite referências a cessar-fogo na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, que Israel ocupou na guerra de 1967. Outra complicação surgiu quando o chefe espiritual do Hamas, o xeque Ahmed Yassin, disse que continua sendo contra a existência de Israel no Oriente Médio. Ele sugeriu à revista alemã Der Spiegel que os israelenses fundem um Estado na Europa.

A violência também lança sombras sobre as negociações. Em Gaza, soldados israelenses mataram neste sábado, dia 8, dois membros armados do Hamas e um adolescente. Uma fonte militar de Israel disse que os soldados evitaram um ataque contra uma comunidade israelense perto de Gaza ao disparar contra dois suspeitos. A fonte disse que os corpos de dois palestinos foram encontrados perto do local vestidos em uniformes camuflados, ao lado de uma bomba de 25 quilos e granadas. Um porta-voz do Hamas assumiu responsabilidade pelo incidente.

Fontes palestinas afirmaram que um rapaz de 16 anos de idade foi morto perto da fronteira do Egito quando corria para ajudar um ferido. Segundo uma fonte militar, soldados abriram fogo quando viram um suspeito correndo em direção a um posto do Exército.

No sábado, dia 6, Israel rejeitou um acordo de facções palestinas para uma trégua nos atentados suicidas dentro de Israel sem acabar com os ataques contra soldados ou colonos em territórios ocupados. Uma autoridade graduada israelense disse que um acordo nestes moldes não será suficiente para renovar as negociações de paz entre Israel e os palestinos, ou permitir um encontro entre os primeiros-ministros.

– Eu diria que esta meia medida não dá início a negociações. Que tipo de cessar-fogo existe quando não há cessar-fogo e você continua disparando? – afirmou a autoridade. Ele afirmou que Israel responderá de maneira recíproca se os grupos palestinos pararem todos os ataques.

– Dizemos que, se houver silêncio, se não houver disparo, não haverá ação militar de nossa parte. Mas não vamos sentar e esperar até que ocorra um atentado suicida ou um ataque a assentamento.

Com informações da agência Reuters.

 
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