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O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, declarou nesta terça, dia 9, que poderá ordenar a desativação de alguns assentamentos judaicos por questões de segurança, independentemente do andamento das negociações de paz com os palestinos. Há várias semanas Sharon sinaliza para um plano unilateral que só seria posto em prática se o processo de paz mediado pelos Estados Unidos fracassasse. Nas suas declarações de terça, ele não informou quando nem quais assentamentos serão desativados.
Seja como for, no entanto, trata-se de uma importante reviravolta na tradicional postura de Sharon e de seu partido, o direitista Likud, de defender a existência dos assentamentos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, territórios conquistados por Israel em 1967.
Os comentários, registrados pela Rádio Israel e por parlamentares que assistiram a seu depoimento a portas fechadas na Comissão de Assuntos Exteriores e Defesa do Parlamento, enfureceram radicais do Likud e provocaram um racha na coalizão governista.
– Israel pode remover os assentamentos que estão além da "Linha Verde" [fronteira] por razões de segurança, sem qualquer conexão com as negociações – disse Sharon, segundo a rádio.
O likudista Ehud Yatom, membro da comissão, disse a jornalistas que deixou a sessão com a impressão de que ``a desativação dos assentamentos é apenas questão de tempo''.
Sharon, cada vez mais pressionado pela opinião pública a tomar medidas que encerrem os três anos de conflito, agora precisa enfrentar uma rebelião entre seus próprios aliados.
– Nunca imaginamos que o partido que apoiamos tão fortemente proporia medidas unilaterais sem um acordo de paz e diria aos terroristas que lutam contra nós: 'Aqui, Israel está lhes dando territórios de presente – disse Shaul Yahalom, líder do Partido Nacional Religioso, parceiro do Likud no governo.
As informações são da agência Reuters.
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