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As operações de resgate realizadas nesta sexta, dia 2, em Bam (Irã), cidade atingida por um violento terremoto uma semana atrás, não encontraram mais sobreviventes.
As equipes tiraram na quinta um homem, uma criança e uma mulher grávida dos destroços da antiga cidade da Rota da Seda. Ao menos outras seis pessoas foram encontradas com vida desde a terça apesar das pequenas chances de alguém sobreviver mais de 72 horas sem comida e água.
Tais "milagres", como os participantes dos esforços de resgate os qualificaram, foram menos numerosos nesse terremoto do que em outros pelo fato de as casas de Bam, feitas de barro, terem sido reduzidas a pó, formando poucos bolsões de ar para eventuais sobreviventes.
O terremoto, que atingiu 6,8 graus na escala Richter, aconteceu debaixo de Bam enquanto 100 mil pessoas dormiam.
Ao menos 30 mil delas morreram e autoridades do governo disseram que a cifra final de vítimas pode chegar a 50 mil, fazendo desse um dos piores desastres naturais a acontecer nas últimas décadas.
Sete sobreviventes não resistiram aos ferimentos depois de terem sido levados para a cidade de Isfahan (região central do Irã). Vários outros continuam em Bam, em estado grave, disse a agência de notícias iraniana Irna. Os temores de que a cidade seja atingida por epidemias diminuiu em consequência da ajuda enviada pela comunidade internacional.
– Os riscos não existem mais. Não houve surto de nenhuma doença contagiosa – afirmou Frederick Lyons, funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) no Irã.
Lyons disse que, com a conclusão da fase de busca e resgate, a ONU faria um apelo na próxima semana por doações a fim de fornecer aos sobreviventes abrigo, comida e água. Cerca de 50 países enviaram material de ajuda e mão-de-obra para Bam, levando a uma aparente aproximação dos EUA e do Irã, após anos de hostilidades.
As informações são da agência Reuters.
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