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Israel, sob pressão e frente à possibilidade de ser julgado em uma corte internacional devido à construção de uma barreira física dentro da Cisjordânia, planeja realizar pequenas alterações no traçado dela, disseram membros do governo nesta segunda, dia 19. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, afirmou nesse domingo, dia 18, que o Estado judaico poderia estudar algumas mudanças na barreira para tornar a vida dos palestinos mais fácil.
– Haverá mudanças, mas elas serão mudanças determinadas por nós, mudanças táticas – disse um membro do governo.
Segundo Israel, a construção da barreira, composta por trechos de arame farpado e muros de concreto que avançam em grande parte da Cisjordânia, ajudou a deter a ação dos terroristas. Mas os palestinos chamam-na de o "Muro do Apartheid", construído para privá-los da possibilidade de fundarem um Estado viável ao contornar assentamentos judaicos.
Os palestinos rejeitam qualquer negociação sobre mudanças no traçado da barreira e afirmam que ela deve obedecer à "Linha Verde", que marca a fronteira de Israel com a Cisjordânia antes da guerra de 1967. A barreira, que provocou críticas até do maior aliado de Israel, os Estados Unidos, será objeto de uma audiência a ser realizada no próximo mês na Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia, na Holanda.
Enquanto o governo israelense contesta a legitimidade da corte para decidir sobre a barreira, os palestinos elaboram sua linha de ação.
– Mostraremos mapas, forneceremos números precisos sobre a quantidade de pessoas afetadas, mostraremos o grau de destruição da economia – afirmou uma autoridade de Ramallah, na Cisjordânia.
Os palestinos, porém, temem que um desafio de Israel contra a jurisdição da corte, com o apoio dos EUA e de países europeus, impeça a audiência de acontecer.
As informações são da agência Reuters.
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