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 | 25/03/2004 10h20min

Blair e Kadafi prometem combater militantes em visita histórica

Premiê britânico diz que Líbia deve ser reintegrada ao cenário internacional

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, e o líder líbio Muammar Kadafi, selaram o retorno da Líbia ao cenário internacional nesta quinta, dia 25, com um histórico aperto de mão e concordaram em trabalhar juntos para conter os grupos militantes islâmicos.

Na primeira visita à Líbia de um líder britânico desde 1943, Blair foi levado para uma tenda cerimonial montada na periferia de Trípoli para se reunir com Kadafi. O líder árabe já foi acusado no passado pelo ex-presidente norte-americano Ronald Reagan de ser um "cão louco do Oriente Médio.''

– Você está bem, ainda parece jovem – disse Kadafi, em inglês.

Blair respondeu:

– É bom estar aqui finalmente depois de tantos meses.

Blair já prometeu não se esquecer da "dor do passado'' em referência ao atentado de Lockerbie, na Escócia, em 1988, em que foram mortas 270 pessoas, ou das acusações de que Kadafi forneceu armas para o IRA (Exército Republicano Irlandês). Ele insiste, no entanto, que a Líbia deve ser reintegrada ao cenário internacional por desistir das armas proibidas e por pagar as indenizações pelo atentado.

Os ganhos das empresas britânicas com o restabelecimento das relações com a Líbia já eram calculados antes mesmo de Blair desembarcar no país. Uma autoridade presente no avião oficial do premiê disse que a empresa de petróleo Royal Dutch/Shell havia fechado um contrato de US$ 200 milhões com os líbios para a extração de gás.

Blair é o primeiro líder britânico a visitar a Líbia desde Winston Churchill, há mais de 60 anos. Os líderes da Espanha e da Itália se encontraram com Kadafi recentemente e, no começo dessa semana, o secretário assistente do Estado norte-americano, William Burns, visitou o país depois de mais de 30 anos sem que nenhuma alta autoridade dos EUA o fizesse.

Blair rebateu as críticas de seus opositores sobre sua visita, afirmando que esse é um risco que vale a pena correr.

– Devemos oferecer parceria aos países dispostos a abrir mão do terrorismo e do desenvolvimento de armas nucleares, químicas e biológicas – afirmou o premiê.

A Grã-Bretanha cortou relações diplomáticas com a Líbia depois que uma policial, Yvonne Fletcher, foi morta inexplicavelmente em frente à embaixada da Líbia em Londres, em 1984.

Com informações da agência Reuters.

 
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