| 19/04/2004 17h45min
Israel pode ter matado os dois principais líderes do Hamas em menos de um mês, mas o homem suspeito de ter planejado vários atentados suicidas continua solto. Poucas vezes visto, poucas vezes ouvido, o comandante militar do Hamas, Mohammad Deif, sobreviveu a várias tentativas de assassinato realizadas por Israel e passou a ser encarado como uma figura quase mítica pelos palestinos.
Na qualidade de chefe da unidade Izz el-Deen Al Qassam, ele sempre esteve no topo da lista de militantes mais procurados por Israel mesmo antes de ataques aéreos realizados pelo Estado judaico terem matado o líder espiritual do grupo, Ahmed Yassin, em 22 de março, e o chefe do grupo em Gaza, Abdel-Aziz Al Rantissi, no sábado.
Mas, ao contrário daqueles líderes do Hamas, que negavam ter participação nas ações violentas do grupo, Deif nunca é entrevistado. Poucos conhecem o rosto dele.
– Ele é o mais discreto de todos. Ele pode ficar em um lugar, em um quarto durante meses e nunca ficar irritado. Ele gosta de ficar sentado lendo o Alcorão (livro sagrado do islamismo) – afirmou uma pessoa que o conhece e que pediu para não ter sua identidade revelada.
Uma autoridade dos serviços de segurança de Israel disse que Deif, com cerca de 40 anos atualmente, estava no topo da lista de militantes mais procurados. O Estado judaico prometeu matar todos os líderes envolvidos no planejamento e na execução de atentados contra israelenses.
As operações, segundo Israel, seriam intensificadas antes da retirada da Faixa de Gaza, território palestino ocupado desde 1967. Deif prometeu "vulcões de vingança" como resposta às mortes de Yassin e Rantissi.
As informações são da agência Reuters.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.