Novas fotos e vídeos devem aumentar a galeria de horrores cometidos por soldados norte-americanos e britânicos no Iraque. Em seu depoimento no Senado norte-americano, o secretário de Defesa Donald Rumsfeld revelou na sexta, dia 7, que existiam mais imagens mostrando violência contra os prisioneiros.

– Há muito mais fotos, e as investigações ainda estão abertas. Se essas (novas) fotos forem divulgadas ao público, obviamente as coisas ficarão piores. Eu as vi ontem à noite, e são inacreditáveis. Preparem-se: não é uma coisa nada bonita. E há vídeos também – disse ele.

A NBC News informou que militares relataram que as fotos, ainda não divulgadas, mostram diversos soldados americanos batendo duramente em prisioneiros iraquianos à beira da morte, estuprando prisioneiras mulheres e vilipendiando cadáveres. Os oficiais ainda disseram que existem fitas gravadas que mostram guardas iraquianos estuprando garotos. 

Mais denúncias de abuso de prisioneiros no Iraque foram publicadas neste sábado, dia 8, nos jornais londrinos The Independent e no Daily Mirror. Soldados britânicos voltam a estar sob acusação. A Grã-Bretanha é responsável pela segurança no sul do Iraque.

Conforme o engenheiro Kifah Talah, após três dias de espancamentos, seus rins ficarm danificados em setembro do ano passado. Ele afirmou que um dos homens presos com ele, o recepcionista de hotel Baha Mousa, morreu por causa da tortura. Seu depoimento será ouvido na Alta Corte em Londres na próxima semana. Famílias iraquianas que perderam parentes moveram ação contra o governo.

Em outra reportagem, publicada no jornal Daily Mirror, um quarto soldado britânico vem a público falar de abusos que diz ter testemunhado. O Mirror traz na primeira página uma nova imagem de maus-tratos, encaminhada por ele. As imagens teriam sido feitas por um militar do regimento de Queen's Lancashire.

Segundo o mesmo soldado, há um CD com 500 fotos que passa de mão em mão em Basra. O jornal publicara nesta semana fotos de soldados britânicos urinando em prisioneiros. As imagens tiveram a autenticidade contestada pelas autoridades britânicas.

As informações são da Globo Online.