O ministro da Defesa da Grã-Bretanha, Geoff Hoon, enfrenta nesta segunda, dia 10, pressão para explicar exatamente o que o governo britânico sabia sobre as suspeitas de maus-tratos cometidos por tropas britânicas contra prisioneiros iraquianos. Em comunicado ao Parlamento, Hoon deverá dizer que o governo do primeiro-ministro Tony Blair foi alertado há cerca de um ano para reclamações sobre o tratamento dado a prisioneiros iraquianos sob a custódia britânica

Grã-Bretanha e Estados Unidos foram atingidos pelo escândalo de tortura de presos iraquianos que veio à tona com a divulgação pela imprensa dos dois países de fotos de detentos sendo maltratados e humilhados. Neste domingo Blair pediu desculpas pelos abusos cometidos por militares britânicos, mas não chegou a admitir que torturas foram cometidas.

Hoon comparecerá à Câmara dos Comuns, onde a oposição deverá colocá-lo na berlinda para descobrir quando Londres soube, pela primeira vez, dos maus-tratos de prisioneiros no Iraque, onde a Grã-Bretanha mantém 7,5 mil soldados.

Também é possível que o ministro da Defesa britânico se pronuncie sobre um novo deslocamento de soldados britânicos para o Iraque. Sobre o envio de mais tropas, uma pesquisa do jornal The Independent publicada nesta segunda mostrou que 55% dos entrevistados é a favor da retirada das tropas britânicas do Iraque até 30 de junho, data em que os EUA planejam entregar a soberania a um governo interino iraquiano.

Com informações da agência Reuters.