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Um comitê do Senado dos Estados Unidos interrogará nesta terça, dia 11, o general do Exército que preparou o relatório oficial sobre tortura de presos iraquianos por soldados dos EUA. O general de brigada Antonio Taguba será ouvido pela Casa pela primeira vez cinco dias depois do secretário de Defesa, Donald Rumsfeld – que assumiu a responsabilidade pelos maus tratos e pediu desculpas pelo abuso a prisioneiros iraquianos.
Em seu relatório, concluído em março, Taguba citou o "abuso sistemático e ilegal de presos" e disse que entre outubro e dezembro de 2003 "vários incidentes de abuso sádico, latente e devasso foram infligidos a vários presos". O senador Richard Durbin, um democrata, afirmou que o relatório Taguba descreveu em "detalhes enojantes" os casos de maus tratos que foram revelados ao mundo por fotografias.
A audiência ocorre no momento em que o Congresso se prepara para ver uma nova série de fotografias e um vídeo que Rumsfeld alertou serem ainda mais chocantes que as imagens já vistas. O presidente do Comitê de Serviços Armados, John Warner, um republicano, pediu que o Pentágono suspenda a divulgação do material até que seja esclarecido como as fotos podem afetar investigações criminais.
Fontes dizem que ao todo há cerca de mil fotografias em três CD-ROMs. Muitas delas mostram locais do Iraque e são semelhantes a fotos turísticas, mas de 200 a 300 mostram cenas de tortura. Entre a mais grotescas estão fotos de prisioneiros sendo sodomizados por lanternas. Há também vídeos de câmeras digitais.
Com informações da agência Reuters.
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