| 07/03/2005 09h56min
A Itália homenageou, nesta segunda, dia 7, o agente de seus serviços de inteligência morto no Iraque por soldados norte-americanos. Entre os presentes ao funeral oficial, marcado por manifestações de revolta devido à forma como morreu Nicola Calipari, estava o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, que o enviou para proteger uma refém italiana libertada no Iraque e que tenta reconciliar suas políticas pró-EUA com exigências de uma investigação.
Centenas de italianos reuniram-se nas ruas de Roma enquanto o corpo de Calipari era levado até uma imponente basílica onde seria velado. Soldados uniformizados integraram uma guarda de honra, e a multidão aplaudia enquanto o caixão, envolvido na bandeira italiana, passava.
Calipari morreu devido a um tiro recebido na cabeça quando se jogou sobre a jornalista Giuliana Sgrena no momento em que soldados norte-americanos disparavam contra o carro que os transportava, na sexta-feira, perto do aeroporto de Bagdá. Sgrena, libertada minutos antes após ficar um mês em cativeiro, está se recuperando em um hospital de Roma de um ferimento no ombro.
A jornalista rebateu a versão norte-americana para o incidente. Segundo os EUA, os disparos foram feitos depois de os italianos não terem obedecido a um sinal para diminuir a velocidade do carro. Sgrena sugeriu ter sido alvo de um ataque intencional dos militares norte-americanos, que se oporiam ao pagamento de recompensa para libertar reféns.
O governo italiano deixou claro que continuará dando apoio ao presidente norte-americano, George W. Bush, apesar do assassinato e que não retirará suas forças do Iraque. Mas, ao mesmo tempo, a Itália exige a punição dos responsáveis pela morte de Calipari.
As informações são da agência Reuters.
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