| 07/11/2007 23h04min
Depois de serem impedidos de trabalhar na terça-feira, devido às ações da Operação Rodin, os funcionários da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e do Programa Trabalhando pela Vida voltaram ao serviço hoje e tentaram retomar o ritmo normal. O abatimento, entretanto, era visível no rosto de todos. Ainda estava fresco na memória o choque causado pela prisão de um funcionário e o afastamento de dois diretores da fundação, juntamente com a prisão do coordenador do programa e de sua assessora. A PF investiga irregularidades em um contrato firmado entre a Fatec e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Depois de uma terça-feira repleta de explicações, uma das primeiras atitudes tomadas na manhã de ontem pelo vice-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Felipe Müller, foi tranqüilizar os funcionários.
— O trabalho deles não está sendo colocado em cheque. Ele deve continuar até que o Detran determine o contrário. Nós estamos mostrando para as
pessoas que estão aqui
trabalhando que a vida continua, que a gente não está prejulgando ninguém e que o trabalho deve continuar de uma forma normal e até com uma motivação e um cuidado redobrado — afirmou Müller, que também é presidente do Conselho Superior da Fatec. Segundo ele, os outros projetos e convênios da fundação junto à UFSM não serão afetados pelo escândalo.
Infográfico: como funcionava o esquema
Os estragos causados pela operação deverão ser analisados a partir das 14h de amanhã, quando haverá reunião entre os 20 membros do Conselho Superior da fundação. Será estudada a possibilidade de entrar com recurso na Justiça para que as pessoas afastadas sejam reconduzidas a seus cargos.
Na reunião, não devem ser definidos novos nomes para os cargos de
diretor-presidente e diretor financeiro da Fatec, cujos titulares, Luiz
Carlos de Pellegrini e Renan Rademacher, respectivamente, foram afastados por ordem da Justiça Federal. Deve ser discutida a situação do secretário executivo Silvestre Selhorst, que foi preso temporariamente.
Os cargos de diretor-presidente e diretor financeiro continuam vagos. O único dos três membros da diretoria executiva que permanece em seu cargo, o diretor administrativo Carlos Bolli Mota, responde interinamente pelo comando da fundação. Segundo Müller, a decisão quanto à continuidade ou não do convênio será do Detran.
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