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O principal líder xiita do Iraque, aiatolá Ali al-Sistani, pediu nesta sexta, dia 23, que os seus seguidores suspendessem os protestos em massa por eleições no país. O gesto é um voto de confiança à Organização das Nações Unidas (ONU), e coincidiu com a chegada de uma missão que avalia a possibilidade da organização se reestabelecer no Iraque.
No dia 1º de julho, a ocupação americana deve se encerrar no Iraque, mas o aiatolá acredita que a única forma de legitimar o governo iraquiano é através da realização de eleições diretas. Incentivados por al-Sistani, multidões xiitas foram às ruas pedir a realização das eleições, mas os Estados Unidos defendem que isto acontecerá apenas em 2005. O governo provisório, que toma posse em julho, deve ser escolhido através de uma assembléia eleita em reuniões regionais.
O aiatolá reconsiderou sua posição quando a ONU resolveu enviar uma missão ao Iraque com o propósito de avaliar as condições de realizar eleições diretas. A
organização retirou-se do país
quando um atentado à sua sede em Bagdá, em agosto de 2003, matou 22 pessoas, incluindo o chefe da missão, o brasileiro Sergio Vieira de Mello.
Na sexta, um dos mais importantes integrantes do Conselho de Governo do Iraque, Ahmad Chalabi, decidiu se manifestar publicamente em defesa das eleições. A volta da organização ao Iraque virou prioridade para a coalizão liderada pelos Estados Unidos. Os xiitas não são aliados de Washington, que precisa da ONU para resolver a crise.
Segundo uma pesquisa feita pouco depois dos atentados de agosto e setembro, uma parcela significativa dos iraquianos não confia na ONU, pro conta da posição que a organização assumiu mantendo sanções internacionais durante o governo de Saddam Hussein.
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