| 12/02/2004 17h40min
O gabinete do primeiro-ministro Ariel Sharon divulgou comunicado nesta quinta, dia 12, afirmando que Israel vai boicotar audiências da Corte Internacional de Justiça no fim do mês sobre a legalidade da barreira que está construindo na Cisjordânia.
Membros do alto escalão do governo tomaram a decisão horas depois de uma equipe de assessores jurídicos ter recomendado que Israel ficasse de fora dos procedimentos, que começarão em 23 de fevereiro, em Haia.
De acordo com os assessores, a participação do Estado judaico no debate daria legitimidade a um processo que consideram politicamente motivado e a uma corte que, dizem, não tem legitimidade para se manifestar sobre o caso.
A Corte Internacional de Justiça concordou em realizar audiências sobre a questão a pedido da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Qualquer decisão da corte sobre a barreira não teria força de lei.
Israel defende que a obra é uma medida de segurança adotada para proteger o país contra os terroristas suicidas. Os palestinos afirmam que com esse novo "Muro de Berlim" os israelenses pretendem apropriar-se de terras destinadas a um futuro Estado palestino.
O Estado judaico apresentou no mês passado recursos contestando a legitimidade da corte para se manifestar sobre a disputa em torno da barreira. Os palestinos esperam que uma decisão favorável da corte aumente a pressão sobre Israel para que desmantele a barreira.
Com informações da agência Reuters.
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