A administração Bush disse nesta terça, dia 6, que está acelerando os preparativos para o julgamento do ex-ditador do Iraque Saddam Hussein e de outros acusados de crimes de guerra. O governo dos Estados Unidos afirmou também que pretende iniciar investigações nos próximos meses e mandar para o Iraque um assessor especial para lidar com o assunto.

A administração Bush disse ao Congresso dos EUA, em um relatório, que o Departamento de Estado e um embaixador norte-americano no Iraque – que ainda precisa ser nomeado – assumiriam os esforços de reconstrução do país após a transferência de soberania para os iraquianos, prevista para 30 de junho.

Em uma tentativa de controlar a escalada de violência no Iraque, o governo dos EUA notificou os parlamentares de que estava redirecionando para a polícia e defesas civis iraquianas dinheiro que iria para o Exército do Iraque. Na última segunda, o presidente George W. Bush prometeu manter a data de 30 de junho para a devolução da soberania aos iraquianos, apesar do levante xiita e dos temores de uma guerra civil.

Sobre o julgamento de Saddam Hussein, a administração afirmou que estava estabelecendo um local para armazenar evidências numa antiga base do Exército iraquiano. Cinco pessoas foram enviadas a Bagdá em 26 de março para iniciar as investigações.

Nos próximos três meses, o governo pretende desenvolver um sistema computadorizado para rastrear e arquivar documentos, enviar um assessor de "crimes do regime'' ao Iraque e iniciar sessões de treinamento com juízes e investigadores iraquianos.

Saddam Hussein foi derrubado do poder semanas depois do primeiro ataque da coalizão liderada pelos EUA ao país. Depois de meses escondido, foi capturado em dezembro e está sob custódia norte-americana desde então.

Além de dados sobre os recursos utilizados no Iraque, o relatório afirma que a capacidade de produção de petróleo do país subiu para cerca de 2,5 milhões de barris diários, e que as exportações de petróleo subiram para 1,7 milhão de barris por dia desde março.

Com informações da agência Reuters.