| 14/06/2004 09h50min
Nesta segunda, dia 14, foram libertados quase 600 iraquianos da prisão de Abu Ghraib, na terceira medida deste tipo depois das denúncias de torturas por tropas dos Estados Unidos no presídio a oeste de Bagdá. A informação foi divulgada por fontes policiais e da coalizão liderada pelos EUA.
A nova libertação eleva pra mais de mil o número de prisioneiros iraquianos que recuperaram a liberdade depois de divulgadas as torturas e maus tratos em Abu Ghraib.
Parentes esperavam por seus entes queridos atrás de barricadas de arame farpado. Testemunhas disseram que cerca de oito ônibus com detentos deixaram o local.
Os militares haviam anunciado a libertação de 585 presos de acordo com um programa para reduzir os números de detidos na prisão até 30 de junho, quando a autoridade dos EUA no país transfere a soberania a um governo iraquiano interino.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que descreveu os abusos em um relatório que vazou em maio, disse na semana passada que o número de detidos havia caído para 3.291 este mês, contra os 6.527 de março.
Muitos dos presos libertados não expressavam apenas alegria.
– Estive lá por oito meses. Não posso descrever os abusos a que fui submetido – afirmou Ahmed Kamal Yassine, da janela de um dos ônibus.
Com informações da Globo Online e agência Reuters.
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