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A CIA contava com "um número limitado" de fontes de informação no Iraque pré-guerra e não conseguiu ter acesso aos supostos programas de armas proibidas do país. A afirmação foi feita nesta segunda, dia 21, pelo chefe do serviço de espionagem da agência de inteligência dos Estados Unidos, James Pavitt, vice-diretor para operações da CIA.
– Como disseram alguns críticos, durante o período pré-guerra não tínhamos muitas fontes dentro do Iraque. Certamente não contávamos com um número suficiente delas. Até colocarmos pessoas no norte do território iraquiano, contávamos com poucas fontes – afirmou Pavitt, que anunciou sua aposentadoria para agosto.
Segundo Pavitt, a CIA viu-se incapaz de chegar ao "centro dos programas de armas de Saddam", mas nos meses que antecederam a guerra a agência teria chegado mais perto dos círculos internos de poder dos militares e dos políticos iraquianos, obtendo informações vitais.
O atual governo norte-americano e a agência de inteligência foram criticados devido às acusações feitas antes da guerra de que os iraquianos possuíam armas de destruição em massa. Essas armas, cuja suposta existência serviram como principal justificativa para a guerra, nunca foram encontradas.
O diretor da CIA, George Tenet, uma das autoridades criticadas, também deve deixar seu cargo no próximo mês.
Sobre a Al-Qaeda, Pavitt disse que a ameaça representada pela rede militante continuava a existir.
– A Al Qaeda possui planos claros de atingir nosso território de novo, e Nova York, tenho certeza, continua a ser seu alvo.
Os esforços norte-americanos de combate à rede infligiram "danos irreparáveis" a uma parte dela, mas "alimentaram um movimento internacional", o que resultou em atentados em todos o mundo, disse Pavitt.
– Temos de nos conscientizar de que a guerra na qual estamos envolvidos, na minha opinião, não tem um fim à vista.
Com informações da agência Reuters.
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