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 | 28/04/2005 16h25min

Advogado de Blair alertou que guerra do Iraque seria ilegal

Informação pode prejudicar possível reeleição de premiê britânico

O advogado do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, manifestou dúvidas sobre a legalidade da participação da Grã-Bretanha na guerra do Iraque, mas dez dias depois acabou aprovando a ação, informam documentos oficiais citados na quarta, dia 27, pela rede de televisão Channel Four.

O assunto pode prejudicar Blair, que disputa um novo mandato em 5 de maio. Seus adversários o acusam de ter acobertado o parecer jurídico inicial. Segundo o Channel Four, um parecer secreto do procurador-geral, lorde Goldsmith, em 7 de março de 2003, dizia que "um tribunal pode muito bem concluir" que o Conselho de Segurança da ONU não autorizava a guerra sem uma resolução específica.

Dez dias depois, sem que a Grã-Bretanha conseguisse obter a nova resolução, Goldsmith apresentou ao gabinete um "sumário" de uma página do seu parecer, no qual ele dizia que a guerra era legal e não mencionava dúvidas. O gabinete de Blair não comentou a reportagem, mas esperava-ser um comunicado nas próximas horas.

A oposição diz que o documento de 7 de março, que nunca foi apresentado ao Parlamento ou a outros membros do gabinete, demonstra que Blair enganou o seu próprio governo e o Parlamento sobre o parecer. Blair insistiu que Goldsmith nunca mudou de idéia.

As pesquisas mostram que Blair deve vencer as eleições do dia 5, e os conservadores, que apoiaram a guerra, têm dificuldades em usar o tema na campanha. No entanto, eleitores tradicionais do próprio partido de Blair, o Trabalhista, estão decepcionados com a participação na guerra e por isso podem se abster ou votar no partido Liberal Democrata, que foi contra o conflito. Isso prejudicaria a maioria de Blair no Parlamento.

O porta-voz dos liberal-democratas para assuntos externos, Menzies Campbell, disse que Blair não teria conseguido autorização do Parlamento para a guerra se os deputados estivessem cientes do parecer original do procurador-geral.

As informações são da agência Reuters.

 
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