| 02/05/2005 10h22min
Chanceleres de todo o mundo tentam, a partir desta segunda, dia 2, manter vivo o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (NPT, na sigla em inglês), acordo global de desarmamento iniciado em 1970 e que é renovado a cada cinco anos. Até o dia 27 de maio, representantes dos 188 países membros avaliam os progressos e definem novos objetivos.
Conforme o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, a credibilidade do encontro está ameaçada. No último sábado, o Irã informou que poderia retomar sua produção de combustível nuclear. Já a Coréia do Norte, que diz ter bombas atômicas e abandonou o NPT, aumentou a tensão no domingo, ao aparentemente realizar teste de um míssil de pequeno alcance no mar do Japão.
A principal preocupação norte-americana é controlar a produção destes dois países. A maioria das nações, no entanto, se queixa de que as potências nucleares, especialmente EUA e Rússia, demoram demais em cumprir suas partes no acordo, que exige o desmantelamento gradual dos seus arsenais. Pelo tratado, apenas Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China têm autorização para manter armas nucleares, cujo combustível pode ser produzido por meio do enriquecimento de urânio e do reprocessamento de plutônio.
Atualmente, Rússia e Estados Unidos concentram a maior parte das cerca de 30 mil armas nucleares existentes no mundo. Cada um tem entre 7 mil e 8 mil ogivas operacionais. Os EUA teriam ainda outras 3 mil a 5 mil armazenadas, enquanto a Rússia teria mais 8 mil. Estima-se que a China tenha cerca de 403, seguida por França, com 346, Grã-Bretanha, com 185, e Índia e Paquistão, com 40 ogivas operacionais cada. Especula-se ainda que Israel tenha cerca de 200.
As informações são da Reuters.
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