| 05/05/2005 18h09min
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Kamal Kharrazi, afirmou nesta quinta, dia 5, que o seu país deseja continuar a negociar com a União Européia (UE) a respeito de seu programa nuclear se houver uma boa chance de resolver o atual impasse.
O chanceler reuniu-se com Kofi Annan, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em um acordo selado com a Grã-Bretanha, a Alemanha e a França, em novembro, o governo iraniano concordou com suspender todas as atividades relacionadas com a produção de combustível nuclear enquanto os dois lados tentariam resolver os impasses em torno do programa atômico do país islâmico.
Mas o Irã, insatisfeito com a lenta evolução dos contatos com a UE, ameaçou retomar as atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio – o urânio enriquecido pode ser usado tanto para abastecer usinas nucleares como para a fabricação de bombas atômicas.
A UE, que concorda com a suspeita dos EUA de que o Irã tenta secretamente desenvolver armas atômicas, ofereceu incentivos econômicos e políticos ao país em troca do abandono do programa de enriquecimento de urânio. Mas o governo iraniano rejeitou a proposta, insistindo em continuar com seus esforços.
Antes de se reunir com Annan, Kharrazi disse que a questão sobre se seu país retomaria ou não as atividades relacionadas com o enriquecimento de urânio ainda não estava decidida. Caso o Irã reinicie essas atividades, os europeus, segundo diplomatas, não teriam outra alternativa que concordar com a denúncia do país ao Conselho de Segurança da ONU. O órgão, então, poderia impor sanções ao Irã. De toda forma, não se espera que o país retome essas atividades antes da eleição presidencial, de 17 de junho.
As informações são da agência Reuters.
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