| 08/11/2007 00h07min
Atualizado às 5h
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira quatro dos 13 suspeitos presos por suposto envolvimento na fraude dos testes para motorista do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Entre os indiciados está o presidente do Detran, Flavio Vaz Netto. Os outros nove presos também devem ser indiciados.
Infográfico: como funcionava o esquema
Além de Vaz Netto, foram indiciados por formação de quadrilha Luciana Cordeiro (funcionária da Fatec), Rosana Ferst (que teria ligação com empresas terceirizadas em contratos da fundação) e Patrícia Bado (advogada e mulher do ex-presidente do Detran, Carlos Ubiratan dos Santos). Os quatro indiciados foram libertados nesta
quarta.
Os indiciamentos na Operação Rodin serão por delitos como formação de quadrilha,
corrupção, estelionato e locupletamento ilícito, entre outros crimes. Conforme o delegado Gustavo Schneider, a Justiça só autorizou as prisões temporárias por cinco dias porque há "indícios veementes" de participação em crimes.
Entre estes indícios, confirma a PF, estão filmagens de pessoas carregando malas com dinheiro para suposto pagamento de propina. A PF não divulgou a suspeita que recai sobre cada um dos detidos e os crimes pelos quais estão sendo investigados individualmente. Mas o delegado Schneider afirmou que há dois núcleos básicos, sobre os quais recairão duas linhas de indiciamento.
O primeiro núcleo envolve servidores públicos do Detran (como Vaz Netto e seu antecessor, Carlos Ubiratan dos Santos), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec). Segundo a PF, integrantes desse grupo devem ser indiciados por crimes como formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação,
locupletamento ilícito e dispensa
indevida de licitação.
O outro núcleo envolve as empresas, quatro delas com papel preponderante, investigadas por supostamente participar da fraude. Os indiciamentos para as pessoas desse grupo incluirão, segundo prevê a PF, formação de quadrilha, locupletamento ilícito, falsidade ideológica e estelionato.
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