| 06/12/2008 20h30min
No calorento vestiário do Ipatingão, domingo passado, Celso Roth reuniu o grupo e agradeceu. Não apenas pela vitória de 4 a 1 e a classificação garantida à Libertadores, não só pela renovada esperança de título no Brasileirão. O técnico do Grêmio lembrou de tudo o que ele e os jogadores passaram ao longo de sete meses de campeonato.
— Não cheguei a chorar, mas fiquei com os olhos cheios d'água, sim. Tenho 51 anos (feitos naquele domingo, em Ipatinga), estou mais experiente, e este grupo de jogadores me mostrou que merece ser campeão. Isso me emocionou — contou na tarde da última sexta-feira um Roth de espírito surpreendentemente leve, tanto por estar horas antes de uma decisão quanto por se tratar de Celso Roth.
Em áudio e fotos, recorde momentos marcantes do Grêmio no Brasileirão 2008:
É, o clima no Olímpico está bem oposto àquele das vésperas do Brasileirão. Uma catástrofe se avizinhava após as constrangedoras eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil — ambas em casa, para Juventude e Atlético-GO, respectivamente, e num intervalo de quatro dias. Em vez de estrear no campeonato na condição de bicampeão (1981 e 1996), pintava como, no máximo, aspirante à Copa Sul-Americana — isso se não virasse candidato a lutar pela sobrevivência na Série A.
Odone destaca a vontade, Roth valoriza a rotina
Para piorar as coisas, Roth já não contava com a simpatia da torcida — tampouco da imprensa — e, em caso de natural derrota para o São Paulo, no Morumbi, logo na primeira partida, a troca de técnico seria inevitável. Foi por isso que o presidente Paulo Odone ingressou a passos largos
no vestiário, no último treino antes da viagem à capital
paulista, no dia 9 de maio. Com o grupo reunido, disse aos jogadores:
— Vamos iniciar uma competição em que todos são iguais. Será campeão aquele que tiver mais vontade. Não somos piores nem melhores do que ninguém.
Pois Odone estava errado. Afinal, o Grêmio já mostrou-se superior a outros 18 times. Neste domingo, por volta das 19h, o dirigente saberá se a equipe de Roth — aquele técnico que ele precisou segurar ainda na primeira rodada — é melhor do que todas as demais.
— Nosso segredo durante todo o Brasileirão foi a manutenção da rotina — afirma Roth. — Tanto é assim que este domingo não será um dia especial. Será um dia normal. Tomara é que a noite seja especial.
Confira gráfico sobre a rodada decisiva do Brasileirão:
Confira abaixo, mês a mês, outros segredos da campanha:
"Nosso segredo durante todo o Brasileirão foi a manutenção da rotina", afirma Roth
Foto:
Vinicius Rebello
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